entrevista

'É um momento muito desafiador para o setor', afirma presidente da Ahturr

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto; Renan Mattos (Diário) 

Em entrevista ao programa Direto da Redação, da TV Diário, ontem, o empresário e presidente da Associação de Hotéis, Restaurantes, Agências de Viagem e Turismo (AHTURR) de Santa Maria, Emerson Nereu, falou sobre o momento econômico vivido pelo setor. Ao longo deste ano, foram 1,6 mil demissões nos bares e restaurantes da cidade.

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 Diário - São 40 dias de medidas restritivas mais severas para bares e restaurantes. Como está o momento para o setor? 

Emerson Nereu - É um momento muito desafiador para o setor, porque você equilibrar o setor econômico com o momento atual como vivemos no setor de saúde é um desafio gigante. A gente entende que a maior parte do faturamento do setor da alimentação provém do horário da noite e do final de semana. Então, restringir o horário até as 18h gerou um problema que se agravou, e que resultou em muitas demissões e alguns estabelecimentos tiveram que encerrar as suas atividades. 

Diário - Em questão de números, qual o impacto? 

Nereu - A gente tem uma pesquisa junto ao Caged que mostra que, neste ano, já foram demitidas 1.686 pessoas, exclusivas no nosso setor. E, agora, falei com as cinco maiores empresas aqui de Santa Maria pedindo para eles uma informação mais exata somente no mês de março de quantos exames demissionais houveram. Dessas cinco, duas já me responderam, somando aproximadamente 350 demissões exclusivamente do setor da alimentação. 

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Diário - Que medidas o governo do Estado e a prefeitura podem tomar para amenizar a crise? 

Nereu - A gente percebeu que o governo estadual emitiu esse novo auxílio de R$ 130 milhões para o setor. Em um primeiro momento a informação nos veio como um ganho. Porém, a gente foi analisar os números, o quanto cada um tem de benefício, é muito pouco para o setor. Acredito que o governo estadual tem, sim, que gerar medidas junto a parcelamento, como já esta sendo feito, e aumentar o valor do auxílio emergencial. Esse valor vai ser muito pouco distribuído como um todo, e reforçamos a grande importância de ouvir o setor e de ter uma flexibilização para que possa trabalhar e manter os empregos. 

Diário - A categoria já trabalha com alguma informação sobre uma possível retomada gradual?

Nereu - Acompanhando um pouco do setor, acredito que levará mais ou menos 60 dias para que os clientes possam voltar àquela normalidade de frequentar os restaurantes.

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